À medida que os verdadeiros números da tragédia da praia Maria Luísa, no Algarve, iam sendo conhecidos aumentava a incredulidade. Como é possível que cinco pessoas tenham morrido quando desfrutavam de um simples dia de praia? Quando o seu único erro terá sido o de se abrigarem à sombra de um rochedo, onde apenas uma placa avisava de que havia perigo de derrocada, sem qualquer área de segurança delimitada? Quantos de nós não teremos já feito o mesmo? Sem dúvida, uma tragédia a merecer a reflexão por parte de todos nós!
Esta semana, quem escolher a Lagoa de Albufeira (mar) para fazer praia encontrará dezenas de peixes mortos ao longo da linha de água. Muitos dos quais, cortados ao meio ou apenas com a espinha central. Não sei se é culpa da poluição, do aumento da temperatura da água, se se trata de algum fenómeno de suicídio colectivo ou de uma qualquer outra razão. A verdade é que são bastantes!
Apesar das insistentes campanhas de esclarecimento, todos os anos repetem-se os mesmos crimes nas praias portuguesas. Nas horas em que o sol está a pique, em que os raios ultravioleta estão na sua potência máxima, vêem-se crianças, algumas das quais ainda bebés, em pleno areal. Muitas vezes sem uma camisola ou um chapéu. Algumas chegam à praia com a família por volta do meio-dia ou uma da tarde, altura em que deveriam estar em casa a resguardar-se dos perigos do sol. Se os adultos têm livre arbítrio para decidir a que horas querem ir para a praia e estão conscientes das consequências dos seus actos, o mesmo não se pode dizer das crianças. E, uma vez mais, quem os deveria proteger em primeiro lugar são aqueles que acabam por expô-los ao perigo.
Um dia com sol e calor como o de hoje convida, sem dúvida, a uns bons mergulhos numa praia ou uns passeios à beira-mar. De há uns anos a esta parte que tenho vindo a descobrir a costa alentejana e as suas belas praias a paisagens. A Lagoa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, que conheci apenas o ano passado, é um dos poucos paraísos que ainda sobram, num litoral cada vez mais ameaçado por empreendimentos de luxo que o Governo teima em classificar como PIN (Projectos de Interesse Nacional), mas mais não são do que a privatização de um espaço que deveria ser de todos.
Aproveite para relaxar, limpar a mente dos problemas do dia-a-dia, conviver com a família e amigos, conhecer a fauna e flora locais e, por que não?, fazer um piquenique. Durma a sesta à sombra de uma árvore, ponha a leitura em dia ou, simplesmente, contemple o céu. Verá que segunda-feira, começará a semana com um outro espírito.
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