Só quem nunca viveu uma situação destas é que pode desvalorizar o estado de espírito de quem se encontra "na prateleira". É das situações mais desgastantes do ponto de vista psicológico e humilhantes do ponto de vista humano. Em tempo de crise financeira, as situações multiplicam-se. Os dias de incerteza servem de argumento às empresas para retirar de funções os empregados que já não lhes interessam, à espera que estes cedam e acabem por se ir embora de livre vontade.
E não pensem que apenas os funcionários de categoria inferior são afectados por este mal das sociedades ditas desenvolvidas. Este é um vírus que atinge todas as classes e níveis profissionais. Sei de pessoas com cargos de chefia que, depois de terem trabalhado no duro para o crescimento da empresa, são destituídos do cargo e isolados do resto da equipa até a pressão psicológica ser de tal forma que desatam a chorar como crianças assustadas. Sei de pessoas colocadas sem funções em caves sem janelas, dia após dia, ano após ano, obrigadas a cumprir um dia inteiro de trabalho. Funcionários de empresas que até têm projectos de solidariedade social... mas apenas para inglês ver.
Em tempos de crise, como os que vivemos actualmente, o chamado assédio moral agudiza-se e o ambiente nos locais de trabalho torna-se ainda mais pesado e irrespirável. Aumentam as desconfianças entre colegas, a competição doentia, horas de trabalho, as fragilidades psicológicas e emocionais com custos altíssimos, não só para os funcionários individualmente, mas também para as empresas e o próprio Estado. Mas estas são contas que nem uns, nem outros gostam de fazer.
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