Uma breve troca de olhares terá sido o suficiente para Rui e Fátima se apaixonarem. Mas o que parecia ser o início de uma bela história de amor, para este jovem casal acabou por ser o começo de um pesadelo. Sendo padre, Rui está proibido de usufruir daquilo a que para o comum (?) dos mortais é tido como uma bênção de Deus: o amor conjugal e a formação de uma família. Prisioneiros de uma filosofia castradora daquilo que o ser humano tem de mais belo, graças a uma Igreja Católica que não quer actualizar-se, a Rui e a Fátima nada mais restou do que fugirem. Da família. Dos amigos. Da sua vida. Aconteceu em Celorico de Basto!
Estou preocupada: o sorriso está a desaparecer do rosto das pessoas! Não é que ainda não tivesse reparado, mas confirmado assim, com dados científicos, o assunto ganha outro peso. É que segundo um estudo do Laboratório de Expressão Facial da Emoção, no Porto, a crise de sorrisos arrasta-se desde 2003 e está para durar. Basta estarmos um pouco atentos a quem circula à nossa volta para vermos que assim é. Nas ruas, nos transportes públicos, nos cafés e restaurantes, no nosso local de trabalho, no nosso círculo de amigos e na nossa família. Andam todos com ar preocupado e de poucos sorrisos.
É preciso urgentemente alterar este cenário e isto só depende de cada um de nós. Por isso, não se esqueça de fazer a sua parte. Sorria já hoje, agora mesmo, mesmo que esteja sozinho. Olhe-se no espelho e sorria. Vai ver que a vontade de continuar a sorrir permanece. O sorriso é contagioso e com um belo sorriso no rosto, verá que conseguirá enfrentar mais facilmente as agruras da vida. Experimente e verá como tenho razão!
Para centenas de milhar de estudantes portugueses, o dia de hoje ficou marcado pelo regresso às aulas. Para muitos, a entrada num novo mundo, totalmente por descobrir. Para outros, o reencontro de amigos e professores, o retomar de horários certos e dos tão impopulares TPC, dos exames e das notas. Como é tradição, no início deste novo ano escolar não faltaram as cerimónias oficiais de exaltação dos beneficíos da escola, nem as queixas dos pais, devido a obras que só agora arrancam, a turmas deslocadas, à falta de auxiliares de acção educativa, de material, de condições para a prática de exercício físico, etc., etc.
Para milhares de professores, hoje o dia de hoje ficou também marcado pelo regresso às aulas... e à sua vida de errante. Para os professores que mais uma vez foram colocados a quilómetros da sua residência, o dia de hoje não foi certamente de alegria. Pelo menos não de alegria plena. Que o diga uma prima minha, professora de educação física, residente em Salzedas (concelho de Tarouca), que este ano foi colocada numa escola em Chelas (Lisboa). No ano passado, esteve no bairro da Bela Vista, em Setúbal, no anterior, na Arrentela, no Seixal, e nos três anos anteriores, em Braga. Felizmente, durante estas andanças, teve sempre colocação durante o ano lectivo inteiro. Mas, como ela própria se queixa, nesta situação, é difícil comprar casa própria ou mesmo constituir família.
Sempre que um professor é colocado numa escola nova, recomeça o processo de contactar familiares ou amigos da zona (se os tiver) para arranjar alojamento, ou então, a saga de procurar um quarto ou um apartamento que possa dividir com colegas na mesma situação. Tarefa nem sempre fácil e nem sempre rápida e que exige, ano após ano, o recomeçar da vida. Andam, literalmente, com a casa às costas. Não entendo por que razão o Ministério da Educação, à semelhança do que o MAI faz com os novos elementos da GNR e da PSP, não faculta alojamento aos professores deslocados, mesmo que a troco de uma renda simbólica. Certamente que sem esta preocupação, os docentes teriam um outro ânimo para se dedicarem ao que é verdadeiramente importante: a formação dos alunos.
Já agora, à semelhança do que alguns colegas jornalistas já fizeram, pergunto ao nosso primeiro-ministro: se a escola pública é de tão boa qualidade (sic) por que razão os seus filhos estão no ensino privado?
Sempre que é notícia o encerramento de um lar ilegal de idosos por parte da Segurança Social, como aconteceu anteontem na Azambuja, não consigo deixar de ser sarcástica. Que moral tem a Segurança Social para encerrar lares sem condições físicas quando esta própria Segurança Social, muitas vezes, é a primeira a encaminhar idosos para casas que não têm as mínimas condições para os acolher? Sei do que falo. Há bem pouco tempo, a minha avó esteve numa família de acolhimento indicada pela Segurança Social. A casa dessa família é num primeiro andar, cujas escadas de acesso não têm corrimão. Além da minha avó, essa mesma família tem a seu cargo uma outra idosa, inválida, que se desloca em cadeira de rodas. Como é possível a Segurança Social ter encaminhado essa idosa para uma casa onde não há uma rampa ou um elevador por onde a senhora possa circular na cadeira de rodas? O quarto que ambas partilhavam não tem campainha (sempre que era necessário, a minha avó tinha que gritar por ajuda) e as camas não têm protecção. Além de que a família proibia a minha avó de receber quem quisesse no seu quarto, apesar de este ser então a sua casa. E muitas outras atrocidades. Obviamente que a minha avó saiu daquela casa! Uma das prioridades recentemente definidas pelo Procurador Geral da República foi a segurança dos idosos. Que tal começar a investigar por casos como este da minha avó?
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