Foi um primeiro-ministro totalmente transformado aquele que hoje se mostrou em entrevista a Ana Lourenço, no "Dia D - Especial", na SIC e SIC Notícias. Depois da pesada derrota eleitoral nas europeias do dia 7, a José Sócrates pouco mais resta do que fazer mea culpa e mostrar um pouco de humildade se ainda alimenta esperanças de conseguir uma vitória nas próximas legistalivas. Mesmo que esta alteração de postura e de discurso resultem apenas de estratégias de marketing político há muito conhecidas. Sócrates revelou-se um verdadeiro actor, com uma capacidade de transfiguração impressionante, tão impressionante que é capaz de confundir o eleitoral. Afinal, qual é o verdadeiro primeiro-ministro de Portugal? Aquele de durante quatro anos defendeu acerrimamente as políticas do seu Governo, que nunca admitiu qualquer erro de governação, que se insurgiu contra tudo e contra todos, com discursos bastante inflamados? Ou este que agora, à beira do abismo, admite que tomou decisões erradas, que fala com a voz por vezes embargada, que já pouco gesticula, que aceita muitas das críticas que lhe foram feitas ao longo dos últimos quatro anos? Qual destes é o verdadeiro Sócrates?
Ao Sporting, por se ter qualificado para os oitavos-de-final da Liga de Campeões, pela primeira vez na sua história.
A Barack Obama, pela mais do que justa e merecida vitória nas eleições presidenciais nos Estados Unidos da América!
Argumentar que o casamento homossexual será uma realidade em Portugal "quando for oportuno", como o PS alega, é pura hipocrisia. Impor disciplina de voto numa matéria tão sensível quanto esta - onde o que está em causa são direitos, liberdade e garantias constitucionalmente consagrados - é pura demagogia.
A posição actual do PS nesta matéria deriva mais de uma estratégia definida para o médio prazo do que de uma convicção política. No próximo ano há eleições (legislativas e autáquicas) e os socialistas não querem perder os votos do católicos. Bem basta já a tão polémica aprovação da lei da interrupção voluntária da gravidez. E por essa mesma razão, o assunto não fará parte do próximo programa eleitoral.
Adiar a aprovação do casamento homossexual é hipotecar a vida de muitos portugueses (alguns dos quais filiados no PS), é negar-lhes direitos consagrados constitucionalmente, é tratá-los como portugueses de segunda. É fomentar a homofobia, dar um claro sinal de conservadorismo bacoco e ajoelhar o país aos pé da Igreja Católica. Só falta mesmo implorar pelo regresso da Santa Inquisição e extirpar este mal da sociedade portuguesa.
Há mais de dois meses, que a Estradas de Portugal colocou postos SOS na variante à Estrada Nacional 10 (IC 2), que liga Moscavide a Santa Iria de Azóia. Dez anos depois de construída esta via rápida, alguém se lembrou finalmente que faltavam os ditos postos, só que, mais de dois meses após a sua instalação, ainda não estão operacionais. Cobertos ainda com sacos pretos, parecem estar à espera de uma qualquer cerimónia de inauguração, quem sabe talvez com a presença do primeiro-ministro que, a cerca de um ano das eleições legislativas, anda já numa roda-viva pelo país a lançar projectos e a inaugurar obras. Enquanto isso, os utentes daquela via (muitos dos quais são condutores de pesados de mercadorias) continuarão à espera que alguém active os ditos postos SOS, tendo que recorrer os seus telemóveis pessoais sempre que necessitarem de assistência.
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