Depois de Viana do Castelo, Braga e Cascais, também Sintra se tornou um concelho anti-touradas. Cascais proibiu ainda a realização de circos com animais e Sintra condiciona o licenciamento de eventos envolvendo animais pela "não existência de actos que inflijam sofrimento físico ou psíquico, lesionem ou provoquem a morte do animal". Aos poucos, os decisores políticos estão a consciencializar-se da importância do bem-estar e vida animal, quer se tratem de animais domésticos, selvagens ou os de quinta. Defender espectáculos tão cruéis - como são as touradas - apenas em nome de uma tradição é próprio de quem se mantém num estado muito primário da evolução humana. Nem tudo deve ser tolerado em nome da tradição e as touradas não o devem ser de todo! Assim como o não são as lutas de cães ou de galos (apesar de, infelizmente, estas existirem). As tradições podem manter-se vivas na memória colectiva sem que para isso tenham que ser sistematicamente revividas. Podem ser recriadas de múltiplas formas e utilizadas de forma pedagógica, neste caso, demonstrando às novas gerações o quanto evoluímos relativamente ou respeito pelo bem-estar e vida do outro. Dos animais!
Diz o Código da Estrada que quem circula numa rotunda tem prioridade sobre os restantes veículos, exceptos se nesta existir sinalização vertical que diga o contrário. Mas como diz o velho ditado, "Não há regra sem excepção!"
Nesta rotunda, situada numa das entradas da Urbanização Tágides Parque, na Póva de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, essa regra não se cumpre. Quem vem das ruas Luís de Sá e Amália Rodrigues fica dentro da rotunda, mas tem que parar até ter oportunidade de poder entrar na Avenida D. Eduardo Veiga de Araújo.
Se a rotunda não está a cumprir a sua função, por que foi construída? Para sustentar o candeeiro de iluminação pública que foi colocado no centro? Há situações que, de facto, não consigo compreender!
A mais recente reforma administrativa das forças de segurança traduziu-se, em algumas freguesias, na substituição da GNR pela PSP ou vice-versa. Noutras situações, como é o caso da Póvoa de Santa Iria (concelho de Vila Franca de Xira), além dessas substituição (da GNR pela PSP) assistiu-se ao encerramento das instalações (bastante degradadas, diga-se em abono da verdade) onde estava sedeada essa força policial. O que motivou compreensíveis receios por parte da população. A PSP, à qual agora está afecta a freguesia, encontra-se instalada em Alverca.
Para calar a voz do povo, ou quiçá, já numa acção de pré-campanha eleitoral, o Ministério da Administração Interna e a PSP assinaram, na altura, um protocolo com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, com vista à construção de uma esquadra na Póvoa de Santa Iria, "passando a PSP a ter um local ajustado à sua actividade, dotado de condições de funcionalidade e operacionalidade". No mesmo documento ficou acordado que o concurso para a obra seria lançado em Janeiro de 2008, que a construção arrancaria no primeiro semestre deste ano e que a esquadra estaria em funcionamento em 2009.
Estamos a cerca de um mês e meio do final do ano e o projecto ainda não está concluído e muito menos o concurso público lançado. Ou não estivessemos nós a falar de uma obra do Estado. Na vizinha freguesia de Santa Iria de Azóia, já no concelho de Loures, durante anos e anos e anos, estiveram inscritas no orçamento de Estado verbas para a construção de um posto da GNR. A autraquia chegou a ceder um terreno para a construção do mesmo e este nunca foi feito. A freguesia continua dependente da PSP de São João da Talha.
Crescemos a pensar que o Estado é uma pessoa de bem. Mas a multiplicação de casos como estes só nos mostram que a demagogia política está viva e bem viva e que nem sempre o Estado cumpre o que promete. Ele, que devia dar o exemplo, é muitas vezes o primeiro a frustar as expectativas que o próprio gerou nos cidadãos.
No IC 2 (vulgarmente conhecido por variante à Estrada Nacional 10) nem todas as curvas têm direito... aos mesmos direitos. Passo a explicar. Junto à saída de Santa Iria de Azóia (concelho de Loures), os postes de iluminação pública da curva que se segue nunca estão acesos. Ao contrário do que sucede nas restantes curvas do mesmo IC 2. Estarão lá apenas por mera questão estética? Para não quebrar a harmonia de postes de iluminação pública colocados dos dois lados ao longo de toda a rodovia?
Bem ser que manter uma estrada devidamente iluminada é dispendioso do ponto de vista financeiro (e este é um debate antigo em Portugal), mas uma vez que foi decidido manter o IC 2 iluminado, porquê excluir aquele troço? Acreditem que ali, a iluminação faz bastante mais falta do que nas zonas em recta. Principalmente quando chove ou está nevoeiro. Ainda para mais, não é aconselhável acender os máximos, para não encadear os condutores que circulam na faixa contrária.
Mais um exemplo de falta ineficiência da administração pública!
Coincidência, ou não, dois dias depois de aqui ter publicado um post (ver segunda-feira, dia 27) sobre as deficiências no piso da estrada que liga a Portela de Azóia a Vale de Figueira, no concelho de Loures, o mesmo foi reparado. Não deixa, contudo, de continuar a ser criticável o facto de a devida reparação do piso ocorrer cerca de três meses depois de uma intervenção ao nível das condutas dos esgotos e das águas pluviais. Mas como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca!
Algumas Câmara Municipais encontraram uma forma económica de acabar com as populações de pombos que vivem nas cidades: matando-os a tiro. Em Beja, por exemplo, nas últimas três semanas foram abatidas 4000 destas aves através deste método, tendo a autarquia gasto apenas mil euros na compra dos cartuchos. Em Moura, outro concelho alentejano, esse número vai já nos 2500 pombos. As aves são abatidas por grupos de caçadores que, assim fazem o gosto ao dedo e treinam sem gastos adicionais, uma vez que os cartuchos são fornecidos pelas autarquias.
Não nego que os pombos se possam tornar uma praga, uma vez que facilmente se reproduzem, nem nego que causam problemas nos edifícios e podem tornar-se num caso de saúde pública (embora não tão grave como muita gente por vezes quer fazer crer). Mas matá-los desta forma, tendo apenas em conta o lado económico da questão, é um acto bárbaro, próprio de quem não respeita os animais. O que acontece se o tiro acertar de raspão ou atingir o pombo de uma forma não letal? Deixam-no simplesmente a sofrer até que a morte chegue?
Ainda recentemente, numa das mais belas praças de Setúbal (a Praça du Bocage), encontrei dezenas de pombos, alguns moribundos, outros já mortos. Alegadamente, devido a veneno que lhes terão colocado na água. Não imaginam o horror com que adultos e crianças olhavam para aquele cenário de horror, impotentes perante o olhos dos pombos moribundos.
Há métodos menos dolorosos e menos bárbaros para reduzir as populações de pombos, nomeadamente, colocando na comida produtos que impeçam a reprodução das aves. Mas, infelizmente, nestes casos, as Câmaras Municipais preocupam-se mais com a questão económica, como se os pombos não fossem animais de plenos direitos como todos os outros. E há ainda quem se divertida com tudo isto. Infelizmente, é o país que temos!
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