É inadmissível que um automobilista que saia na A1 em Coimbra e se diriga à Régua via IP3 e A24 tenha ao seu dispor apenas duas áreas de serviço: uma a cerca de 10 quilómetros de Santa Comba Dão (IP3) e a outra em Castro Daire Norte (A24), sem que haja qualquer indicação pelo caminho. O automobilista desprevenido vê-se, assim, obrigado a sair destas vias rápidas e a procurar postos de combustível nas povoações vizinhas. Já para não falar na falta que fazem zonas de descanso e de restauração. O interior sempre esquecido!
Algumas gasolineiras oferecem descontos de 12 cêntimos por litro ao fim-de-semana. A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis afirma que, a esta altura, o preço do gasóleo e da gasolina já deveria estar abaixo de um euro por litro. No meio de tudo isto, o regulador não se pronuncia e o consumidor fica com a sensação que, de facto, lhe estão a ir ao bolso. Até quando?
Se dúvidas existissem de que algo vai mal no mundo dos combustíveis em Portugal, o apelo feito hoje pelo ministro da Economia dissipou todas as dúvidas. Se até o próprio Manuel Pinho afirma que os preços da gasolina e do gasóleo "devem descer e depressa", uma vez que o preço da matéria-prima tem estado a descer nos últimos dias, é porque, de facto, os critérios aplicados para a subida e descida de preços não são os mesmos. Há muito que os consumidores se queixam de que as petrolíferas são bastante mais rápidas a subir o preço dos combustíveis do que a baixá-los. Do mesmo se queixou, esta semana, o presidente da ANAREC - Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis. E no meio de tantas críticas, qual a posição das petrolíferas?
Também ontem, o presidente da GALP (líder do mercado nacional) veio a lume tentar acalmar os ânimos, dizendo que a subida ou descida do preço dos combustíveis não depende apenas do preço do crude. Mas nada mais adiantou e duvido de que alguém tenha verdadeiramente acreditado nas suas palavras. Quando a própria Direcção Geral da Energia afirma que, em Portugal, em média, os combustíveis estão 16 cêntimos (= 32$00) mais caros do que o que seria normal, então é porque as petrolíferas não estão a jogar claro. Estamos, literalmente, a ser roubados!
Desde que esta escala de preços começou que os 30 euros com que habitualmente abasteço o depósito do meu carro já não são suficientes para o encher. E eu, que era cliente fiel da Galp, há muito que passei a abastecer na concorrência (principalmente, na AVIA) e passei a ter a preocupação de comparar os preços das diferentes gasolineiras por onde passo.
Já é tempo mais do que suficiente para o Governo ter uma atitude firme e activa em relação a esta matéria.
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