E se o preço de um serviço que utiliza diariamente sofresse um aumento de mais de 300% de um dia para o outro e sem qualquer aviso prévio? Possivelmente, sentiria o mesmo que os utentes da A23 (auto-estrada que liga Ericeira/Mafra/Malveira), que de um dia para o outro viram o custo da portagem subir de 0,60 euros para 2,10 euros. Sentiria que estava a ser descaradamente roubado! Ainda para mais, por uma empresa municipal - Mafratlântico -, que, em comunicado, explica apenas que até ontem os utentes pagavam "a título provisório", taxas fixas independentemente do trajecto que efectuassem. Será a isto que se chama justiça social?
A manifestação dos professores já tinha chegado ao Largo do Rato há um bom tempo, mas quem circulava na rotunda do Marquês de Pombal e quisesse seguir para a Rua Braamcamp continuava impedido de o fazer pelos agentes da PSP que ali permaneciam à espera de novas ordens. "Impedido" é uma força de expressão, não fossem os portugueses conhecidos além-fronteiras pelo seu chico-espertismo e por serem especialistas na arte do desenrascanço. E foi recorrendo a esses seus dotes que o condutor de uma carrinha entrou em contramão na Braamcamp sob o olhar impávido e sereno dos agentes, que nem se mexeram. E o condutor lá seguiu à sua vida, feliz e contente, por nem sequer ter sido admoestado por esta infracção ao Código da Estrada.
Obviamente que quem, como eu, assistiu a tudo, nem queria acreditar no que tinha acabado de acontecer. Talvez por isso, por sentir os olhares reprovadores dos transeuntes e por sentir que a sua autoridade estava a ser duplamente posta em causa, um dos agentes dirigiu-se a um segundo automobilista que tentava a mesma proeza, um homem já com os seus 70 anos, com as seguintes palavras: "Então o que é isto? Vá, vamos lá para trás". Claro que o idoso reclamou, invocou o caso do primeiro automobilista, a quem nenhum dos agentes ali presentes tentou sequer parar, mas de nada lhe valeu. Desta vez, o agente foi intransigente e decidiu cumprir o seu dever.
Há cerca de três meses que um troço da principal estrada de ligação da Portela de Azóia a Vale de Figueira, no concelho de Loures, se encontra no estado que as fotos documentam para grande desespero dos milhares de automobilistas que ali passam.
Para se proceder à susbtituição das condutas de águas pluviais e de esgotos, foi necessário efectuar cortes no alcatrão junto às duas caixas. Na altura, as obras estiveram devidamente sinalizada e o trânsito controlado por dois agentes da PSP. Mas uma vez feita a substituição e fechadas as valas, os trabalhos pararam como se tivessem ficado completos. Mas não ficaram!
Como as fotos comprovam, o desnível do piso é considerável. Acresce ainda que estes se encontram logo a seguir a uma curva fechada, sem visibilidade e não existe qualquer sinalização a alertar os condutores. Já por duas vezes, o empreiteiro colocou areia para tornar o piso regular, mas com a passagem dos veículos, a chuva e o vento, rapidamente esta desaparece e o tudo volta o mesmo. Para quando a finalização dos trabalhos? Não se sabe! Mais uma obra de Santa Engrácia à portuguesa.
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