Depois de, há cerca de 15 dias, a PSP ter destruído cerca de 16 mil armas brancas e de fogo provenientes de acções criminosas, apreensões, processos judiciais ou entregas voluntárias, eis que hoje, a mesma entidade realiza um leilão durante o qual vão ser licitadas 217 armas de fogo. Esta medida está prevista nº artigo 79º da Lei nº 5/2006, de 23 de Fevereiro, ao contrário da primeira, que não tem qualquer sustentação legal. Contudo, não deixa de causar estranheza que pouco tempo depois de uma clara acção de combate à proliferação ilegal de armamento, a mesma entidade promova uma outra acção que contribui para a reintrodução no mercado de armas de fogo. Mais estranheza causa ainda se tivermos em conta que o número de crimes cometidos em Portugal com recurso a este tipo de armamento tem vindo a aumentar. Uma explicação é devida!
Os portugueses têm, de facto, olho para o negócio e, como em tempo de guerra não se limpam armas, vale de tudo para ganhar uns trocos extra. Aproveitando o número de assaltos pelo método de carjacking (roubo à mão armada de viaturas com os proprietários presentes) e o medo que esse tipo de crime tem gerado nos portugueses, os sócios de uma escola de condução no Bombarral decidiram criar um curso de condução ofensiva e evasiva, onde ensinam, entre outras coisas, métodos anti-carjacking. O curso, a realizar-se a 8 de Fevereiro, tem a duração previsível de sete horas e um preço a rondar os 200 euros.
Após a parte teórica, os alunos são convidados a testar várias manobras de condução ofensiva em pista. Entre as quais a de seguir em frente e abalroar o carro dos agressores, quando o nosso carro fica cercado.
Estou curiosa por saber o que pensam destes conselhos as forças de segurança. Aprovarão?
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