Dezembro é de todos o pior mês do ano. Pelo menos, para mim! Se pudesse, arrancá-lo-ia do meu calendário. Adormeceria no dia 30 de Novembro e só acordaria dia 1 de Janeiro. Ou melhor, dia 2.Há muito que sofro desta fobia do mês de Dezembro e, anos após ano, parece que esta se agrava. Não me perguntem porquê, porque não sei explicar-vos. Ou talvez saiba e não o queira fazer. Nunca se sentiram a pessoa mais solitária do mundo, mesmo estando rodeados de uma multidão? Eu já. E em Dezembro esse sentimento é mais forte.
Dezembro é o mês de todas as hipocrisias. É o mês em que nos obrigamos a comprar prendas para a família, amigos, vizinhos, colegas, desconhecidos, como se o resto do ano não existisse, como se o resto do ano não fosse uma boa ocasião para oferecermos algo aos outros simplesmente porque nos apetece. É o mês em que se multiplicam os almoços e jantares de solidariedade para com os mais necessitados, como se no resto do ano essas mesmas pessoas não tivessem essas mesmas carências. É o mês de todas as promessas, em que garantimos não repetir os mesmos erros, sermos mais pacientes com os outros, mais coerentes com nós próprios, mais amigos do próximo, mas logo no dia 2 de Janeiro, tudo volta ao que era antes. E porquê fazer esse balanço em Dezembro? Por que não no dia do nosso aniversário? Nas férias? Numa outra ocasião que não esta?
Não gosto do mês de Dezembro, simplesmente porque não gosto!
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