Como milhares de portugueses, às oito em ponto lá estava eu diante do televisor expectante quanto à declaração do Presidente da República sobre o caso das alegadas escutas de Belém. O facto de ser uma comunicação ao país e não uma conferência de imprensa, o que impedida a colocação de perguntas por parte dos jornalistas, não augurava nada de bom. Cavaco queria honrar a palavra, de que falaria após as eleições, mas não queria que lhe colocassem perguntas incómodas, às quais não queria (ou saberia) responder.
Cavaco acabou por falar, mas não disse nada. Tal como milhares de portugueses, não percebi se desconfia ou não de que está (ou esteve) sob vigilância, não entendi por que razão mandou inspeccionar e reforçar a segurança do seu e-mail, por que não demitiu Fernando Lima e outras questões importantes. Cavaco saiu muito mal na fotografia. Se, de facto, suspeitava que estava a ser vigiado, deveria ter agido na altura, utilizando os meios que tem à sua disposição. Se não suspeitava e o seu assessor se excedeu, deveria demiti-lo e não apenas afastá-lo da assessoria de imprensa. Será que algum dia os portugueses saberão o que realmente se passou?
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