Sem surpresa, o PS venceu estas eleições legislativas. Digo "sem surpresa" porque, como referiu João Miguel Tavares no «Governo Sombra - extraordinário» (TSF) de ontem à noite, entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, sem dúvida que o líder socialista dá um melhor primeiro-ministro. Mas esta é apenas uma meia-vitória, pois não tendo o PS maioria no Parlamento, terá que aprender a negociar, à Esquerda ou à Direita, para que consiga a aprovação dos seus projectos. Caso contrário, como já vaticinou o socialista João Cravinho, este novo governo não durará mais de dois anos.
José Sócrates apelidou de «extraordinária» a vitória do PS nestas eleições legislativas. O que tem de extraordinário perder meio milhão de votantes? O que tem de extraordinário perder 25 deputados? O que tem de extraordinário conseguir mais votos do que o PSD, cuja líder, sem chama, chegou a admitir publicamente que não se candidatou à liderança do partido para ocupar o lugar de primeira-ministra?
O secretário-geral do PS disse ontem que ainda era cedo para falar na constituição do novo executivo. Mas há uma questão que o povo português merece que seja rapidamente esclarecida: que José Sócrates vai liderar o novo Governo? O José Sócrates que governou nos últimos quatro anos, egocêntrico, autoritário, que lida mal com a liberdade de expressão e que preza demasiado a sua vida privada, ou o José Sócrates da campanha eleitoral, humilde, companheiro, que reconheceu os erros e as falhas de governação, que até invocou os filhos e a namorada para conseguir a simpatia do povo? Fica a pergunta!
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