Argumentar que o casamento homossexual será uma realidade em Portugal "quando for oportuno", como o PS alega, é pura hipocrisia. Impor disciplina de voto numa matéria tão sensível quanto esta - onde o que está em causa são direitos, liberdade e garantias constitucionalmente consagrados - é pura demagogia.
A posição actual do PS nesta matéria deriva mais de uma estratégia definida para o médio prazo do que de uma convicção política. No próximo ano há eleições (legislativas e autáquicas) e os socialistas não querem perder os votos do católicos. Bem basta já a tão polémica aprovação da lei da interrupção voluntária da gravidez. E por essa mesma razão, o assunto não fará parte do próximo programa eleitoral.
Adiar a aprovação do casamento homossexual é hipotecar a vida de muitos portugueses (alguns dos quais filiados no PS), é negar-lhes direitos consagrados constitucionalmente, é tratá-los como portugueses de segunda. É fomentar a homofobia, dar um claro sinal de conservadorismo bacoco e ajoelhar o país aos pé da Igreja Católica. Só falta mesmo implorar pelo regresso da Santa Inquisição e extirpar este mal da sociedade portuguesa.
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