Descobri José Saramago, o escritor, em 1992, quando espoletou a polémica em torno de O Evangelho Segundo Jesus Cristo, com o então subsecretário de Estado da Cultura, Sousa Lara, a excluir o livro da lista de concorrentes ao Prémio Literário Europeu sob o argumento de que este não representava Portugal. Revoltou-me o facto de um governante de um Estado laico censurar um livro porque este colocava em causa um dos dogmas da Igreja Católica. E fiquei deveras surpreendida ao ler tão polémica obra.
A partir daí, tentei ler todas as obras de José Saramago e sempre que é anunciado o lançamento de um novo livro, aí estou eu nas livrarias à procura dele. Devoro (passe o exagero!) cada livro de Saramago. E nem a sua escrita sui generis, que para muitos é motivo suficiente para deixar uma obra a meio, me leva a desistir. Saramago é um dos melhores autores de língua portuguesa da actualidade. Poucos como ele conseguem retratar a sociedade em que vivemos e denunciar os seus podres. Só alguém com uma sensibilidade acima do comum e uma relação estreita com a escrita é capaz de tal feito. Dez anos depois do Nobel, Saramago continua de parabéns!
Educação
Futilidades
História, Cultura & Património
Jornalismo
Mulheres no Mundo
Por Esse Portugal Fora
Grupo de Amigos de Canelas do Douro
Reflexões... sobre tudo e mais alguma coisa
Segurança/Crime
Viagens