Tive que ler pelo menos duas vezes e, ainda agora, não percebi se fala a sério ou se está a gozar connosco. Com aqueles cidadãos que recusam recorrer à cunha e ao amiguismo para daí colher benefícios próprios. Refiro-me a uma notícia publicada hoje no Diário de Notícias, onde se esclarece que a Câmara Municipal de Lisboa "não deu casa a Anita Guerreiro". Começo por não perceber por que razão o esclarecimento, que se apresenta em forma de notícia, tem o título a vermelho, destacando-se de todos os outros da mesma secção. as isso não é o mais chocante.
No corpo da notícia explica-se que, ao contrário do que tem sido ventilado na comunicação social, a fadista Anita Guerreiro não vive em qualquer casa arrendada pela Câmara de Lisboa. Não que não tenha tentado a sua sorte. A própria assume que há seis anos escreveu à autarquia a solicitar a cedência de uma casa, mas que o pedido nunca foi satisfeito. E por que pedia a fadista a casa? Aconselho-vos a sentarem-se confortavelmente antes de lerem a justificação.................
Anita Guerreiro queria uma casa da Câmara porque vivia no Cacém e "o facto de trabalhar até de madrugada impedia-a de regressar a casa de transportes públicos, tendo de se deslocar de táxi, o que se tornava muito oneroso".
Confesso que ainda agora não sei bem o que dizer em relação a estes argumentos. A não ser que a mim também me dava jeito ter uma casa em Lisboa, de preferência com uma renda bem baixínha, para aqueles dias em que não me apetece ser mais uma sardinha em lata no metro, para as noites em que me apetece dançar até às tantas e fico demasiado cansada para conduzir até casa ou, simplesmente, por que há dias em que não me apetece gastar cerca de uma hora no trajecto entre casa e o emprego. Tudo também boas razões, não acham?
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