Quando a casa da própria Polícia Judiciária é assaltada, que segurança deverá esperar o simples cidadão a quem essa própria Judiciária e o Governo prometem um acérrimo combate ao crime? De que serve ao ao Ministro da Justiça dizer agora que foi aberto um inquérito para purar responsabilidades e perceber como tudo começou. Como em muitos outros casos, só depois de casa roubada é que o Estado coloca trancas na porta.
O assalto foi cometido na madrugada de sábado por um toxicodependente (entretanto já detido) que através do método de escalamento conseguiu entrar num dos andares do edifício onde está sediada a Direcção Central de Combate ao Banditismo, secção responsável pelo crime violento. Sem qualquer obstáculo, conseguiu apoderar-se de três computadores pessoais de inspectores e de duas armas de fogo. Deu-se o caso de o indivíduo querer apenas fazer dinheiro para o consumo da droga e, por isso, rapidamente colocou os artigos à venda na Feira da Ladra. Mas imaginemos que o ladrão tinha outras intenções. Que utilizaria as armas de fogo para cometer outros crimes, que através dos computadores dos inspectores se apoderava de informação confidencial e indelicada, que... Os cenários são quase infinitos.
Não se justifica que um edifício onde funcionem serviços tão importantes como este exista apenas um segurança e que as câmaras de vigilância não funcionem. Infelizmente, este não foi o primeiro (nem será o último) caso de assaltos a instalações das forças de segurança. Por isso, o cidadão comum pergunta: se até a própria casa da Polícia Judiciária é assaltada, que tipo de segurança somos supostos esperar da parte dos agentes do Estado?
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